
Quando isto aqui escrevo, ainda não li o dossier de artigos que tenho vindo a cumular sobre Teerão, desde as célebres declarações do seu presidente de que Israel devia ser banida do mapa, até ao seu cepticismo relativamente à ocorrência da Shoah, passando pela proposta absurda de uma Israel na Europa. Por isso, o artigo que aqui escrevo é mero aquecimento para um mais detalhado que, inclusivé como crónica, pretendo publicar depois. Não obstante, as ideias base podem já ser expostas com suficiente clareza.
O poder no Médio Oriente encontra-se mais equlibrado, queremos acreditar. O Afeganistão e o Iraque encontram-se, ainda que periclitantemente, nas mãos dos EUA. Porém, Teerão reforçou o seu radicalismo, a Palestina, desde ontem, também, e Israel encontra-se acamada na pessoa de Sharon.
A minha tese é que o Irão deve ser atacado. Eu era o último a considerar-me o primeiro. Nunca imaginei, nos meus piores pesadelos, que seria o primeiro a defender uma invasão do Irão. De facto, com essa terminologia, sou contra: não defendo a invasão, somente a liquidação das bases nucleares e duma série de outros pontos estratégicos iranianos. Uma cópia da Guerra dos Seis Dias: rápida e eficaz.
Porém, um tal ataque vai ser deveras problemático. Eis os problemas:
1. Os EUA não estão com capacidade de mobilização de tropas: todos os militares são poucos no Iraque (apesar da retirada já ter começado) e há uma determinante oposição sociológica a uma nova guerra. Aqui temos um exemplo prático do Pedro e do Lobo: tendo mentido aquando do Iraque, os EUA não podem esperar que as pessoas acreditem de novo neles, mesmo se, como Pedro à terceira vez, eles agora tenham razão.
2. O Irão faz fronteira com o Iraque. Um ataque ao Irão conduziria, por parte deste, a uma invasão do Iraque: e, aí, as coisas estariam longe da eficácia limpa aérea duma nova Guerra dos Seis Dias. Os inexistentes exércitos de Saddam Hussein aquando de Bagdag seriam então os bem palpáveis exércitos do maluco que governa em Teerão. E, mais uma vez, os americanos não se podem dar ao luxo de uma nova guerra.
3. A Palestina, agora radicalizada, sabendo que os EUA se recusam a negociar coim o seu governo (posição insensata!), não hesitarão em recrudescer a Intifada, num momento em que Israel está politicamente fraca.
Resumindo, um ataque ao Irão podia provocar uma feia situação bélica no Médio Oriente que não solucionaria, ainda assim, o seu problema base: a existência do Estado de Israel. Porém, parece-me inevitável que, a ao ser feito nada, algo acontecerá - e grave: o homem em Teerão é muito mais perigoso que Saaddam Hussein, um mero ditador local que tinha umas ideias expansionistas, mas estava longe de ser uma peça no xadrez complexo da guerra de civilizações e ideologias. O homem de Teerão é-o. E recusam ser vigiados pela ONU (não deixam que a sua questão vá ao Conselho de Segurança).
Há que os atacar - simplesmente, não agora. Eles não ficarão com uma bomba nuclear de um dia para o outro. Há que esperar, ter paciência, ver como se desenvolve o caso... E esse tempo será o suficiente para que a situação se altere para os americanos e israelitas e comunidade ocidental (nomeadamente com a saída de Chirac, esse palerma que me vem falar do uso de bombas nucleras contra os terroristas...).
Reservo-me ao direito de mudar de opinião após ler o dossier que tenho em espera e ante novos desenvolvimentos da situação - o que aqui escrevi foi e é um juízo provisório com base nos dados que disponho actualmente.
A minha tese é que o Irão deve ser atacado. Eu era o último a considerar-me o primeiro. Nunca imaginei, nos meus piores pesadelos, que seria o primeiro a defender uma invasão do Irão. De facto, com essa terminologia, sou contra: não defendo a invasão, somente a liquidação das bases nucleares e duma série de outros pontos estratégicos iranianos. Uma cópia da Guerra dos Seis Dias: rápida e eficaz.
Porém, um tal ataque vai ser deveras problemático. Eis os problemas:
1. Os EUA não estão com capacidade de mobilização de tropas: todos os militares são poucos no Iraque (apesar da retirada já ter começado) e há uma determinante oposição sociológica a uma nova guerra. Aqui temos um exemplo prático do Pedro e do Lobo: tendo mentido aquando do Iraque, os EUA não podem esperar que as pessoas acreditem de novo neles, mesmo se, como Pedro à terceira vez, eles agora tenham razão.
2. O Irão faz fronteira com o Iraque. Um ataque ao Irão conduziria, por parte deste, a uma invasão do Iraque: e, aí, as coisas estariam longe da eficácia limpa aérea duma nova Guerra dos Seis Dias. Os inexistentes exércitos de Saddam Hussein aquando de Bagdag seriam então os bem palpáveis exércitos do maluco que governa em Teerão. E, mais uma vez, os americanos não se podem dar ao luxo de uma nova guerra.
3. A Palestina, agora radicalizada, sabendo que os EUA se recusam a negociar coim o seu governo (posição insensata!), não hesitarão em recrudescer a Intifada, num momento em que Israel está politicamente fraca.
Resumindo, um ataque ao Irão podia provocar uma feia situação bélica no Médio Oriente que não solucionaria, ainda assim, o seu problema base: a existência do Estado de Israel. Porém, parece-me inevitável que, a ao ser feito nada, algo acontecerá - e grave: o homem em Teerão é muito mais perigoso que Saaddam Hussein, um mero ditador local que tinha umas ideias expansionistas, mas estava longe de ser uma peça no xadrez complexo da guerra de civilizações e ideologias. O homem de Teerão é-o. E recusam ser vigiados pela ONU (não deixam que a sua questão vá ao Conselho de Segurança).
Há que os atacar - simplesmente, não agora. Eles não ficarão com uma bomba nuclear de um dia para o outro. Há que esperar, ter paciência, ver como se desenvolve o caso... E esse tempo será o suficiente para que a situação se altere para os americanos e israelitas e comunidade ocidental (nomeadamente com a saída de Chirac, esse palerma que me vem falar do uso de bombas nucleras contra os terroristas...).
Reservo-me ao direito de mudar de opinião após ler o dossier que tenho em espera e ante novos desenvolvimentos da situação - o que aqui escrevi foi e é um juízo provisório com base nos dados que disponho actualmente.
Valete, Fratres
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